Reflexões

"Instruí-vos, porque precisamos da vossa inteligência. Agitai-vos, porque precisamos do vosso entusiasmo.

Organizai-vos, porque carecemos de toda a vossa força".
(Palavra de ordem da revista L'Ordine Nuovo, que teve Gramsci entre seus fundadores)

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abril 19, 2008

Para presidente de Itaipu, Paraguai terá "casa da moeda" com hidrelétrica

A usina hidrelétrica que garante o abastecimento de quase um quarto de toda a energia consumida no Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Itaipu é tema central na eleição para a presidência do Paraguai, que acontece neste domingo (20).

Por ano, a hidrelétrica produz, em media, 90 GWh. O Brasil e o país vizinho contraíram uma dívida de US$ 30 bilhões até concluir a obra na década de 80. Hoje, a Itaipu Binacional, com duas turbinas além das 18 previstas no projeto original, tem valor estimado em US$ 60 bilhões. Metade para cada país.

A divida de Itaipu deve ser quitada até 2022. Este ano, a estimativa é de que US$ 2,3 bilhões arrecadados com a venda da energia elétrica sejam destinados para amortização da dívida e pagamento de juros.

Favorito na corrida presidencial paraguaia, o ex-bispo católico Fernando Lugo, propôs a revisão do Tratado de Itaipu, assinado em 1973, que obriga o Paraguai a vender para o Brasil toda a energia que não é consumida no país, o equivalente a 90% da produção paraguaia.

Itaipu garante o abastecimento de energia para 95% do território paraguaio. Lugo quer vender energia para outros países e melhores preços. Se eleito, ameaça levar o caso para tribunais internacionais.

Já o ex-general Lino Oviedo e Blanca Ovelar, representante do Partido Colorado, sigla que comanda o país há 60 anos, têm um discurso mais moderado, mas querem analisar melhor o Tratado.

Ex-deputado federal pelo PT do Paraná e escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, para comandar a metade brasileira de Itaipu, Jorge Miguel Samek, afirmou em entrevista ao UOL que a chance de o tratado ser revisado é "zero" e que o Paraguai não tem do que reclamar. "O tratado é justo e correto", diz.

Para o petista, o pleito paraguaio é um "sofisma". "O Paraguai é o único país da América que não terá problemas com energia até 2050", afirma. "Quando terminar de pagar a dívida em 2022, eles vão estar sentados sobre uma casa da moeda", argumenta.
por, Diogo Pinheiro. Enviado especial do UOL Em Ciudad del Este

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