O quadro político em Maringá não aponta para uma radicalidade democrática. As "esquerdas" perderam prestígio com o "jeito petista de governar", pois os movimentos sociais grevistas foram repremidos e muitos foram anulados com o PT na administração municipal. A encruzilhada está posta, inclusive para o PSOL, que carrega a dissidência do PT. A construção da radicalidade política tem que estar no projeto da esquerda, se quiser conquistar o poder. Para a burguesia, conforme escreveu o camarada Plinio de Arruda Sampaio, a eleição serve a quatro grandes propósitos: "legitimar sua dominação; atenuar o conflito entre suas facções; dividir o campo popular e dificultar a organização dos partidos do povo". Na tentativa de se efetivar essas linhas pragmáticas, a burguesia abre brechas para que a esquerda organizada conquiste seu espaço na esfera política. Nas cidades, a esquerda não pode propor um programa socialista, pois não existem condições para tal fim. Ela precisa se comprometer com os setores populares para radicalizar a participação popular na materialização do orçamento do município. Não da forma como foram realizados os orçamentos participativos do "jeito petista de governar". Nesse sentido, é preciso conseguir avançar na leitura dos problemas que a cidade enfrenta feita pelos explorados para se conseguir governar com o apoio de todos. Radizaliar a democracia passa a ser palavra de ordem para a esquerda hoje.
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