Professor Vanderlei Amboni: Carta Maior

A crise europeia e o "moinho satânico" do capitalismo global

A crise européia é não só uma crise da economia e da política nos países europeus, mas também – e principalmente - uma crise ideológica que decorre da falência dos partidos socialistas em resistir à lógica dos mercados financeiros, e também da incapacidade das pessoas comuns e dos movimentos sociais de jovens e adultos, homens e mulheres explorados e numa situação de deriva pessoal por conta dos desmonte do Estado social e espoliação de direitos pelo capital financeiro, em perceberem a natureza essencial da ofensiva do capital nas condições do capitalismo global.

O artigo é de Giovanni Alves.

Golpe de estado financeiro ameaça democracia europeia

O recente discurso do presidente do BC Europeu traz o programa de um golpe de estado financeiro contra a democracia. O que está em questão é se Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e o resto da Europa terminarão por destruir o reformismo democrático e derivar para uma oligarquia financeira. O objetivo é exigir um “consenso” que dê prioridade aos credores estrangeiros a custo do conjunto da economia. Exige-se dos parlamentos que abdiquem de seu poder político em favor dos banqueiros.

O artigo é de Michael Hudson.

Lei da Internet é prioridade e deve ir logo ao Congresso

Debatido há vinte meses, o marco civil da internet é prioridade do Ministério da Justiça e, com o fim do caso Palocci, deverá ir ao Congresso Nacional em até dois meses. Segundo o Secretário de Assuntos Legislativos, projeto tratará de direitos do cidadão e deveres dos provedores e não entrará em questões como comércio eletrônico e direitos autorais. Aendência é que os crimes virtuais também sejam excluídos da proposta, mas assunto ainda será decidido pelo ministério.

Reflexões

"Os discípulos devem aos mestres apenas uma fé e uma suspensão temporárias do seu juízo, até que estejam completamente instruídos, e não uma resignação absoluta ou um cativeiro perpétuo... que os grandes autores recebam portanto o que lhes é devido, e que também o tempo, que é autor dos autores, não seja privado do que é seu, isto é, descobrir mais a verdade" (Francis Bacon)

"Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada" (Vladimir Maiakóvski)

"Nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar."
(Bertolt Brecht)

"Há instantes em que somos senhores do nosso destino."
(Shakespeare)

"A razão, ou o ratio de tudo o que já conhecemos, não é a mesma que será quando conhecermos mais" (William Blake)

"Deixar o erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual" (Karl Marx)

"A sociedade não é transparente, ela tem cor preferencial. Não te ilude, vá à luta".

A propriedade privada nos tornou tão estúpidos e unilaterais que um objeto somente é nosso quando o temos, quando existe para nós enquanto capital ou quando é imediatamente possuído, comido, bebido, vestido, habitado; em suma, utilizado por nós. Ainda que a propriedade privada conceba, por sua vez, todas essas realizações imediatas da possessão somente como meios de vida e a vida a que servem como meios é a vida da propriedade privada, o trabalho e a capitalização. (...) a superação da propriedade privada é a emancipação plena de todos os sentidos e qualidades humanos; porém, é esta emancipação precisamente porque todos estes sentidos e qualidades tornaram-se humanos, tanto no sentido objetivo quanto subjetivo. O olho tornou-se um olho humano, assim como seu objeto tornou-se um objeto social, humano, criado pelo homem para o homem. Os sentidos se tornaram, assim, imediatamente teóricos na sua prática. Relacionam-se com a coisa por amor à coisa, porém a própria coisa é uma relação humana objetiva para si e para o homem e vice-versa. Necessidade e gozo perderam com isso sua natureza egoística e a natureza perdeu sua utilidade pura, ao converter-se a utilidade em utilidade humana. (MARX, Karl)

Professor Vanderlei Amboni

Reflexões

junho 08, 2011

Carta Maior

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