Na
Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque
No dia 21 de junho o Congresso de Deputados do
Paraguai, formado por sojeros, empresários e mafiosos dos tradicionais partidos
políticos, iniciou o processo de Juicio Político contra o presidente
democraticamente eleito Fernando Lugo.
O "JUICIO POLÍTICO" não seguiu nenhuma das regras
de um processo democrático, se constituindo claramente em um golpe de Estado. Os
deputados e senadores não apresentaram nenhuma prova para as suas acusações e o
presidente democraticamente eleito pelo povo paraguaio teve APENAS 18 HORAS PARA
APRESENTAR SUA DEFESA.
O golpe foi liderado pelos políticos do Partido
Liberal, Partido Colorado, PPQ e UNACE, em uma tentativa de anular todas as
conquistas que o governo Lugo garantiu aos mais pobres, como a construção de
novas estradas, melhoria dos portos, programa de habitação popular, programa
Teko Porã, voto dos paraguaios no exterior, renegociação de Itaipú com o Brasil,
entre outros. Os golpistas pretendem também com o Golpe, controlar e manipular
as eleições que serão realizadas em abril de 2013, pois sem Lugo na presidência,
podem livremente usar o dinheiro público para contratar planilheiros que vão
fazer a velha e arcaica campanha política para os seus candidatos, onde a compra
de votos e troca de favores são de costume.
A comunidade internacional repudiou o Golpe e não
reconheceu o presidente golpista. Como consequência imediata o MERCOSUL
suspendeu politicamente a participação do Paraguai. Outros órgãos de cooperação
da América Latina estão caminhando na mesma decisão, o que trará enormes
prejuízos para o povo paraguaio.
No Paraguai, o povo vem resistindo ao GOLPE se
manifestando todos os dias. Apesar da imprensa (ABC, Ultima Hora, Canal 9) não
mostrar a mobilização do povo, há grandes atos de protesto em Villa Rica,
Caaguazú, Cidade de Leste, Encarnación, Concepción e principalmente em Assunção.
Assim também, os paraguaios residentes no exterior já organizaram grandes
protestos em cidades como Buenos Aires, Montevidéu, Madrid, Paris, Rio de
Janeiro. São Paulo também já organizou a resistência em frente ao Consulado e na
avenida Paulista.
Para marcar a data do Golpe, que já cumpre um mês, diversos paraguaios e
paraguaias, com a solidariedade de organizações brasileiras ( movimentos
sociais, partidos políticos, sindicatos) estão convocando um ato
político-cultural para domingo, dia 22 de julho, a partir das 14 horas na Praça
dos Paraguaios – Praça Nicolau Morais de Barros, Rua do Bosque, s/nº ( esq/ com
Rua dos Americanos) – Barra Funda, com a apresentação de diversas bandas que
expressam a cultura latino-americana; para expor seu rechaço ao golpe de Estado
no Paraguai e pedindo a volta da democracia no país.
Quando: domingo, 22 de julho
Hora: concentração a partir das 14 horas
Onde: Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque. Próximo a Avenida
Pacaembu na Barra Funda.
INTERSINDICAL
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