Durante
o próximo 7 de setembro acontecerá em diversas cidades do país o 18º
Grito dos/as Excluídos/as. A atividade, que acontece anualmente por todo
o Brasil, terá como tema “Vida em primeiro lugar”. No Dia da
Independência, vamos chamar a atenção para a enorme exclusão social no
país e refletir sobre o papel deste Estado, que continua dependente do
livre arbítrio dos interesses capitalistas.
Estaremos
juntos contra a ofensiva aos direitos sociais básicos, pelo trabalho
digno, contra o machismo, contra o massacre dos jovens nas periferias e
pela dignidade dos povos indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e
demais povos das florestas. Diante das atrocidades patrocinadas pelo
Estado, em nome do capital, é premente a necessidade de todas e todos em
unidade neste grito, contra a violência e usurpação dos direitos do
povo.
Os
movimentos sociais e a esquerda devem somar esforços para realizar um
grande grito, fazendo ecoar nossas reivindicações. É hora de ocupar as
ruas, mostrar que temos voz e que exigimos um Estado que assegure um
projeto de nação que abarque todas e todos concretamente. Se informe
sobre a mobilização em sua cidade e junte-se a este grito, fruto da real
luta popular e em defesa da população.
Para
a Intersindical, este é um momento muito importante para reafirmar a
luta pela mudança da política econômica, pela auditoria da dívida
pública, pela aplicação dos 10% do PIB para a educação pública e a
defesa dos investimentos vigorosos na saúde pública. A luta em defesa da
aposentadoria digna, pelo fim do fator previdenciário, o direito à
moradia e à terra, por meio da realização das reformas urbana e agrária,
são bandeiras que levantaremos em mais este Grito dos Excluídos.
Abaixo, o manifesto da atividade deste ano:
A luta pela garantia, ampliação e universalização dos direitos sociais continua!
A
saúde e a educação públicas estão deficientes a tal ponto que é
impossível afirmar que são “direitos universais”. O desemprego cresce,
indicando que as conseqüências da crise capitalista atual já chegaram
por aqui. A precarização do trabalho aumenta, informalmente ou através
de mais uma reforma sindical. A imensa carência habitacional e a força
do agronegócio mostram que uma minoria come às custas da grande maioria
que passa fome.
Nos últimos 10 meses, cerca de 30 operários da
construção civil, morreram no local de trabalho, vítimas da ganância dos
patrões e nenhum dos quais foi punido. Quantos mais foram vitimas de
acidentes e doenças do trabalho crescem na mesma medida em que é
acelerado o crescimento do lucro. As medidas de isenção fiscal
possibilitam que a burguesia nem mesmo contribua para pagar parte do que
causa com a exploração.
As áreas sociais sofrem cortes, os
governos sucateiam os serviços básicos, aumentando a miséria, a exclusão
e o desamparo. Nossa mobilização e resistência devem ser para impedir
que as garantias e direitos constitucionais conquistados duramente por
nós sejam retirados. Além de dizer que é preciso a tal de governabilidade,
os poderosos usam também o argumento de que, para ter estabilidade
econômica, é preciso tirar direitos sociais. As mulheres também são
atingidas pela violência quando o Estado não lhes dá um sistema de saúde
integral, não lhes dá creches, não investe em políticas públicas de
atenção e prevenção à violência , necessitamos políticas e leis que
promovam a igualdade salarial para trabalho de igual valor.
É a isso que dizemos : NÃO !
Defendemos
o atendimento necessário, suficiente e universal nos direitos sociais
básicos: Saúde, educação, moradia, transporte, lazer.
A
realidade nos mostra que nenhum governo merece nossa confiança, os
governos federal, estadual e municipal, estão unidos para defender os
interesses do Capital, o sistema responsável por essa situação que
aflige nosso povo.
Na cidade de São Paulo, talvez
de forma mais visível que em outros municípios, o avanço das chamadas
políticas de higienização: trabalhadores e o povo em situação de rua são
sistematicamente agredidos e expulsos da região central com
truculência, seja pela guarda municipal ou pela PM. Com a aproximação da
Copa do Mundo,que se várias comunidades vão sendo expulsas, e vem mais
por ai. A violência policial e o extermínio atingem nossa juventude
principalmente nas periferias, sendo que os jovens negros são as
principais vitimas.A criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e
sindical uma realidade, e os governos Dilma, Alckmin e Kassab estão
juntos nessa.
QUEREMOS E PRECISAMOS DE OUTRA SOCIEDADE !
No
capitalismo, como em toda sociedade em que uma classe explora a outra, o
Estado está a serviço da classe que explora e é um instrumento para
garantir e perpetuar a desigualdade.
Como
perspectiva, precisamos romper com esse sistema e construir outro, que
seja governado pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras organizados.
De imediato, precisamos garantir a vida e direitos básicos, acabar com
este sistema que joga para suas margens quem já esgotou sua saúde física
e mental trabalhando loucamente. Queremos políticas públicas que
promovam a vida em todas as suas dimensões, assegurando os direitos
sociais e diminuindo as desigualdades sociais. Vamos, juntos, batalhar
de forma combinada por estas políticas para a maioriaagora e para construir de fato uma sociedade justa e solidária, uma sociedade sem explorados e exploradores, a sociedade socialista.
Vamos
todos juntos realizar em São Paulo um grande grito contra a exclusão
social. Converse no seu bairro, no seu trabalho, com seus amigos. Juntos
somos fortes!
Em São Paulo:
Data: 07 de Setembro de 2012
Local: concentração na Praça da Sé
Horário: 9h30
Seguiremos em passeata até o Ipiranga e terminaremos com um grande ato no Memorial do Ipiranga.
Neste 7 de setembro, todos e todas ao Grito!
Assista o vídeo com depoimentos sobre o Grito deste ano e convite para o ato:
INTERSINDICAL
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