O trovador cubano Silvio Rodríguez disse que lhe importava mais o jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, do que o prêmio Grammy Latino, ao qual acaba de ser indicado pela primeira vez em sua carreira. "O Grammy? Tenho o Granma, que me interessa mais", afirmou o músico, na apresentação do disco 37 Canciones de Noel Nicola en Casa de las Américas.
Através do portal La Ventana, Rodríguez - que preparou a antologia em homenagem ao falecido compositor e cantor cubano - respondeu a perguntas do público espectador e de internautas que presenciaram o lançamento on-line do CD. Com o álbum Érase que se Era, resumo de temas inéditos e anteriores ao seu primeiro disco Días y Flores (1975), Silvio é um dos cinco compositores postulados nessa categoria da versão latina do Grammy.
O CD duplo, lançado em Havana há um ano, compete com os álbuns 12 Segundos de Escuridão, do uruguaio Jorge Drexler; Pedazos de mi, de Amaury Gutiérrez; Navegando por ti, do espanhol José Luis Perales; e Cê, do brasileiro Caetano Veloso. Em recentes declarações à agencia espanhola EFE, o artista assegurou que preferia assumir com otimismo a indicação ao Grammy.
À época, Silvio Rodríguez recordou que, há alguns meses, o Departamento de Estado norte-americano proibiu sua entrada nos Estados Unidos, onde pretendia atuar. "A indicação deixa claro que o Grammy Latino não me discriminou - e acredito que tenho que saber agradecer", disse à EFE.
Silvio viajará em outubro para Espanha - e apresentará 37 Canciones de Noel Nicola, disco dos selos Ojalá y Autor, da SGAE. Entre este mês e novembro, o trovador se apresentará em nove cidades espanholas, como parte de uma temporada que começará em Barcelona e terminará em Madri.
Fonte: www.vermelho.org.br
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