O desafio e o fardo do tempo histórico
Coleção Mundo do Trabalho
Neste livro, István Mészáros mostra que o sistema do capital
manifesta profunda aversão ao planejamento. O resultado é um
máximo de desperdício e destruição, parasitismo financeiro,
aumento da barbárie e aceleração da catástrofe ecológica.
Eis o que representa o desafio e o fardo do tempo histórico:
o surgimento de uma nova força material conforme
o surgimento de uma nova força material conforme
a teoria se apodera das massas.
John Bellamy Foster, sociólogo norte-americano
Em tempos de reflexão minimalista, István Mészáros é um pensador fundamental. Em seu novo livro, O desafio e o fardo do tempo histórico, o filósofo hungáro destrincha o caráter imperativo e destrutivo das positivações atuais do capital e aprofunda a análise do significado histórico de sua crise estrutural à luz de manifestações cada vez mais irracionais e perigosas para o futuro da humanidade. É a partir da análise de como a “ordem estabelecida” do capital produz destruição – do tempo livre, da educação, das pessoas, da cultura, da natureza, da vida – que Mészáros reafirma a necessidade do socialismo no século XXI.
Mészáros virá ao Brasil para proferir duas conferências de lançamento do livro, em Florianópolis (20/11) e São Paulo (21/11). O autor cedeu à Boitempo os direitos mundiais deste seu novo livro, que sai publicado no Brasil antes mesmo do lançamento das edições inglesa e espanhola.
Dotado de erudição rara, István Mészáros domina filosofia, economia política e teoria social como poucos. Seus textos dialogam criticamente com os principais pensadores deste século e navegam dos clássicos aos contemporâneos, sempre com rigor e criativiade. Sua obra enfrenta com determinação os desafios e as dificuldades para a superação da vida regulada pelo capital, em direção a uma existência humana verdadeira e fundada na igualdade substantiva.
Na contracorrente dos niilistas e dos acomodados à ordem, que proclamam não existir alternativa para o sistema de domínio social do capital, esse filósofo que não se furta ao embate ideológico vaticina que não há arremedo capaz de mitigar a gravidade extrema de suas contradições, permanentemente criadas e insolventes. A “não-alternativa” ao capital, denuncia, significa a “não-alternativa” para a sobreviência da própria humanidade. Sendo assim, a disputa no planeta hoje não se daria mais entre socialismo ou barbárie, mas entre socialismo ou extinção.
CONFERÊNCIA
Florianópolis
20 de novembro, terça-feira, 18h30
Comentários: Ricardo Antunes (IFCH-Unicamp)
Auditório da Reitoria da UFSC
Campus Universitário Trindade - UFSC
Organização: Cláudia Mazzei Nogueira (dss-ufsc), Paulo Tumolo (ced-ufsc), Fernando Ponte (cfh-ufsc) e Boitempo Editorial
Apoios: DSS/CSE/NETeG/PPGSP/PPGE/PPGSS/Coordenação de Extensão
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