Os donos do PIG estiveram reunidos ontem em Brasília para tratar, segundo eles, da liberdade de imprensa. Não é verdade. A preocupação é eliminar qualquer restrição na lei que os impeçam de usar seu poder para favorecer grupos, idéias, candidatos, em campanhas difamatórias, sem nenhum compromisso com a informação. A atual legislação, referendada pela Constituinte de 1988, é taxada pela mídia como herança da ditadura. Recentemente, por pressão do monopólio midiático, o STF revogou por liminar alguns de seus itens. O objetivo era proteger jornais, rádios e TVs de várias ações da Igreja Universal.
Neste clima, foi discutido ontem se a saída seria criar uma nova lei ou suprimir a atual. Falaram todos os donos do poder midiático, nem sempre antenados com o assunto principal, talvez com a cabeça mais voltada para suas planilhas. Roberto Civita, do grupo Abril, aproveitou para pedir liberdade também para os anúncios veiculados, ele não deseja restrições ao tilintar de sua caixa registradora. João Roberto Marinho, das organizações Globo, condenou as liminares que obrigam a publicação de longas resoluções jurídicas em seu jornal, o que não deixa de ser também uma preocupação com a caixa, visa economia do caro papel.
Por André Lux
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