No início de 1967, observadores e alguns "experts" – categoria tão mal definida... – não previam um maior risco de retomada de um conflito armado entre árabes e israelenses. Era sabido que, desde 1964, a tensão não cessara de crescer em razão do "desvio" do rio Jordão por Israel e do "contra-desvio" de seus afluentes para a Síria, teoricamente apoiada pelo Líbano e pela Jordânia. Mas esses países haviam se limitado a fornecer um apoio verbal, e os bombardeios israelenses obrigaram Damasco a suspender o início das obras.
Era verdade, também, que a República Árabe Unida (RAU) [1] de Gamal Abdel Nasser e Israel dedicavam-se a uma corrida armamentista que pesava consideravelmente sobre suas economias. Mas tudo levava a crer que os israelenses superestimavam publicamente a ameaça egípcia, com o intuito de obter suas primeiras remessas importantes de material de guerra norte-americano e uma garantia de segurança, em caso de ataque árabe.
A evidente superioridade militar de Israel e a divisão reinante no mundo árabe, em plena guerra fria, entre "progressistas" e "conservadores" (reacionários, segundo os progressistas), levam os "experts" a julgar que, segundo a fórmula consagrada, se a paz era impossível, a guerra parecia improvável.
texto completo em: http://diplo.uol.com.br/2007-06,a1589
2 comentários:
Parabéns! Não somente li este como vários textos. Gosto de sociologia e estava pesquisando assuntos sobre ... a propriedade privada da terra foi um dos que mais me agradou!!!!
Espero que o meu comentário o estimule ainda mais, não gostaria de ver essa página fora do ar...
Parabéns.
Passando para desejar um bom final de semana. Beijos
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